Talvez você esteja pensando que não vai conseguir… talvez algumas coisas tenham se tornado difíceis de suportar.
Assim começou a minha história que conto para você aqui.
Escolhi esta foto retrata porque retrata o momento de minha vida que tudo havia ruído. Emocionalmente acabada, saindo de casa e sem saber como que seria amanhã.
foto: arquivo pessoal.
18 de fevereiro 2012 …
Eu tinha 33 anos e chegava ao fim de um casamento de 13 anos. Após muitas brigas e 2 tentativas de permanecer percebi que não havia mais jeito. E lá fui eu de novo, coloquei minhas tralhas no carro e parti para minha nova vida.
Fácil falar mas é sempre difícil quando olho estas fotos. Foram muitos sonhos, muitas expectativas que foram por terra ali bem na minha frente.
Pensei que fosse morrer, pensei que não aguentaria, achei que nunca mais iria gostar de outra pessoa, enfim eu me sentia totalmente perdida e sem saber como lidar com o furação de sentimentos dentro de mim.
E pior de tudo eu tinha vergonha de mostrar o quanto eu estava despedaçada.
A dor era tanta que a única coisa que pensei foi: que cena horrível! vou tirar uma foto para nunca mais ter que viver isto de novo”.
Eu pensava: E agora, como vou fazer? para onde vou? eu estava completamente perdida.
Esta noite me lembro de olhar para minhas roupas no armário e dizer a mim mesma:
“Que vergonha, é só isso que tenho na vida…roupas e um carro”. Estava muito desiludida e sem saber o que fazer.
Para mim não existia separação e na tentativa de consertar o casamento, fiz diversos cursos desde como lidar com conflitos, treinamento de competências, formação em programação neurolinguística, coach… tudo o que poderia melhorar a minha forma de lidar para manter o casamento.
No dia seguinte, comecei uma nova estratégia… pensei:
“ Chegou a hora de colocar minhas ferramentas a meu favor e trabalhar por mim.”
Sabia das práticas e comecei a usar alguns exercícios de reprogramação mental…
Mandei fazer em adesivo de um poema que me tocava muito. Colei na parede de entrada da minha nova casa:
Fiz isto para que todos os dias ao entrar, pudesse ler em voz alta. Estas frases eram tão verdadeiras para mim que mergulhava em minha parte mais profunda, eu lia e chorava ao mesmo tempo. E este era meu mantra diário.
A MARATONA COMEÇA
Decidi também vencer um desafio e realizar um sonho, viajar sozinha pela primeira vez e correr uma de maratona de 42KM.
O local escolhido foi Buenos Aires na Argentina. E para isto tive que treinar muito, estudei como fazer a preparação conversei com uma prima corredora e me orientei.
Passei a correr pelas ruas de SP, no parque do Ibirapuera, na USP onde fosse.
E quando o sentimento de solidão e tristeza apareciam para me visitar lá estava eu… como não havia o que fazer, não dava para mudar a situação, decidi que o sentimento de frustração sairia de mim através de meus poros.
Ganhei algumas lesões no joelho, no quadril pois os treinos eram longos, 34 KMs por semana.
Meu hobby era treinar e correr para “superar” toda aquela dor quase insuportável (além da separação, minha avó tinha falecido e eu estava morando na casa onde ela tinha passado um tempo antes de falecer).
Tentei achar respostas em minha escrita e tudo que eu via ainda era muito pouco. O que eu não estava percebendo é que os sentimentos precisam de cuidados. E isto fica nítido no vídeo que você pode assistir clicando aqui.
A VERGONHA DOS SENTIMENTOS
Percebi que sempre havia vergonha em demonstrar meus sentimentos. Achava bobo e me achava besta. Sentia muita vergonha de falar sobre este assunto, de demonstrar meus sentimentos e as pessoas me acharem esquisita.
Percebi que por mais que tentasse ser legal, fazer amigos nunca me sentia a vontade, me sentia diferente das pessoas. A sensação era que eu tinha algum defeito.
Como meus sentimentos estavam fortes mais que nunca, procurei a formação em rebirthing e me tornei terapeuta renascedora.
Formação em Renascimento ao lado do Prof. e amigo Nilson Bolgheroni, em janeiro de 2013.
Após esta formação iniciei a prática da respiração consciente. Isto me mostrou que aquela estratégia de superação não funcionava mais. Eu havia corrido uma maratona, tinha me casado novamente com um parceiro muito amoroso mas ainda me faltava algo….
COPO QUEBRADO
Tente remendar um copo e colocar em uso. Será que você consegue? Então, eu não consegui. Percebi um vazio interior e um cansaço maior por tentar e não conseguir mais.
Parecia que eu estava quebrada… me perguntava quem eu sou? casei com 23 anos, por 13 anos era a “esposa” me separei, virei atleta e casei de novo.
PROFISSIONALMENTE COMO EU ESTAVA?
Embora sempre com dedicação não me sentia realizada profissionalmente.
Trabalhei como engenheira de produtos Microsoft e Linux em uma empresa multinacional a Hewlett Packard – HP.
Era uma busca constante por certificações, melhorar os idiomas que eu deveria falar, finais de semana de plantões pela madrugada.
Saber lidar com clientes nervosos e resolver problemas eram os desafios diários do meu trabalho.
Em minha posição de atendimento HP Brasil Services, Alphaville.
Após 7 anos, houve um PDV – Programa de Demissão Voluntária e acabei me desligando da empresa.
Aprendi muito e fiz amigos queridos mas meu ciclo havia sido cumprido.
Decidi comprar uma Franquia de Café (ainda com o ex-marido) e investir no negócio próprio.
Era um desafio bem grande contratar 20 colaboradores, treiná-los e gerenciar uma loja 24 horas aberta.
Eu achava que gostar de lidar com pessoas era o suficiente e, que meu gosto por café me ajudaria a tornar esta experiência fantástica. Doce ilusão…. e mais aprendizados.
Não foi assim…
Nesta época, em 2008 eu ainda não conhecia a Grafologia e por isto selecionava funcionários pelo “feeling”. O que me causou bastante transtornos na prática.
Ali estava eu com investimento todo no negócio, sem finais de semana e no meio de plantões novamente. A loja cheia de clientes, muitos pedidos para atender e eu não tive opção a não ser entrar para o time e ajudar.
Equipe do turno da manhã, dezembro de 2008.
Equipe do turno da manhã, dezembro de 2008.
Assim foi por quase dois anos, aprendi muitas coisas como a importância de entender melhor as pessoas e o valor do grupo.
E segui estas pistas….
Tinha 33 anos e ainda estava sem identidade profissional, tinha feito muitas coisas mas ainda não me sentia realizada.
Ah você deve estar pensando… e a loja? vendi. E, como foi antes do tempo previsto de retorno perdi todo dinheiro.
Logo em seguida, minha avó adoeceu e eu me separei definitivamente.
A JORNADA INTERIOR
Finalmente aceitei o maior desafio de todos: ingressar na jornada interior.
O Eneagrama foi minha bússola desta vez, procurei em minha escrita identificar meus próprios BOs de frente. Foi muito difícil ter que lidar com toda a raiva que guardada, o medo do abandono e de perceber que meu maior medo era ser ouvida…. (quando escreví este texto ainda não entendia o porque havia escrito isto).
Percebi que eu mesma não me ouvira por tantos anos. Vi a verdade tudo que eu fazia era reprimir sentimentos que viravam bombas de energia. E isto havia quebrado. Eu precisava me consertar.
Gurdieff tem uma frase que me acompanha desde então:
“O Despertar só é possível para aqueles que procuram e querem, para aqueles que estão dispostos a lutar contra eles próprios e trabalhar por muito tempo e constantemente a fim de obtê-lo.”
O INIMIGO
Meu inimigo era o meu mundo interior que eu desconhecia até então.
Depois de haver me investigado, percebi que a diferença para este desafio era que não conseguiria sozinha.
Para ingressar nesta jornada é preciso contar com quem já viveu esta experiência foi assim que aconteceu comigo. Contei com a ajuda alguns mestres e amigos também terapeutas.
Era como entrar em um buraco fundo totalmente escuro onde iria enfrentar o meu maior medo a dor da separação de me sentir sozinha abandonada e a vergonha por perceber minhas próprias limitações.
Sentia muita vergonha em admitir tudo que havia permitido a mim mesma, por ter vivido relacionamentos abusivos, como dependente e por fazer de conta que tudo estava bem.
A PROVAÇÃO MÁXIMA
Foi não repetir a dependência emocional com meu atual marido e, aprender a confiar em mim e minhas maiores forças que havia identificado em minha própria escrita.
A primeira etapa e minha provação máxima era estar com as pessoas de coração aberto sem me sentir medo de ser abandonada e rejeitada por talvez não ser quem elas gostariam.
O desafio era me curar e transformar a minha reconexão com as pessoas sendo eu como era com meus defeitos, qualidades e desta forma conquistar meu espaço no mundo.
A RECOMPENSA
Nesta Jornada interior descobri uma das coisas mais emocionantes da minha vida. Que o meu amor sempre foi pelas pessoas. Pelo desejo de saber como elas eram, como pensavam foi a cura que precisava.
Quando olho para as pessoas eu me vejo nos olhos outro há no outro uma parte de mim. E nesta parte eu me sinto completa quando compreendo completamente suas dificuldades, suas dores.
E assim surgiu o Método Radaic, que é uma ponte para um profundo mergulho interior além um caminho para fonte que nos torna únicos.
O RENASCIMENTO
Percebi que o desejo de conexão com as pessoas sempre foi meu. E, devido a problemas na minha infância ela foi rompida.
A sensação era que havia um oceano, um lugar intransponível isso me queimava por dentro. Meu coração queria estar junto mas tinha medo!
Parecia que eu era diferente das pessoas, tinha um filtro de que as pessoas me rejeitavam. No fundo eu mesma me rejeitava por “ser assim” algo que eu ainda não entendia bem o motivo.
Quando eu estava no grupo eu nunca me sentia parte. A sensação de vergonha me acompanhava como se houvesse algo de errado comigo, um defeito de fabricação que eu não conseguia consertar.
Com a família, com amigos embora me esforçasse só me sentia confusa, sem saber o que fazer. Eram frustrações e tentativas infinitas de encontrar meu espaço no mundo.
Não pertencia a nenhum lugar nem a um lado e nem ao outro. Eu sempre me senti no meio sem conseguir estar em um único lugar.
Mas só quando me encontrei dentro de mim mesma meu mundo se integrou.
A NOVA VIDA
Encontrei meu espaço no mundo, minha voz e meu propósito de vida.
Fundei o Instituto Radaic Centro de Pesquisa da Escritah onde realizo trabalho de investigações em escritas para promover mais consciência para humanidade.
Me encontrei profissionalmente trabalho como Grafóloga, Terapeuta e atuo como Perita Judicial para o estado de SP.
Inspirada no que aconteceu comigo procurei investigar as escritas de meus pacientes e encontrei revelações sobre o que realmente nos faz mudar e como fazer para isto acontecer.
Realizo atendimentos individuais para que pessoas possam descobrir suas maiores e promoverem mudanças através do Método Radaic.
Fui convidada para ministrar palestras no México, Equador, Argentina e na Portugal, no Congresso Europeu de Eneagrama em 2019.
Há um caminho, há uma cura e só podemos fazer isto juntos!
Obrigada pela leitura e seja bem vindo à minha nova vida.
Meu nome é Letícia Radaic e este é o Método Radaic.
Assista o vídeo do meu Curso de Grafologia neste link e me contate para um atendimento individual.
Compartilho com vocês a foto de destaque para mim ela é emblemática, e uma âncora para os momentos mais difíceis:
Bom dia, gentileza entrar em contato para fazer analise grafológica dos funcionários.
Bom Dia Marisa, precisamos de seu e-mail para entrar em contato.
Segue nosso: contato@leticiaradaic.com.br.
No aguardo de seu retorno.
Obrigada!